Henrique Oliveira
1973 —
Henrique Oliveira
São Paulo, 1973.
Henrique Oliveira nasceu em Ourinhos SP, em 1973. Mudou-se pra São Paulo em 1990, onde cursou artes plásticas na Universidade de São Paulo. Concluindo a graduação em 2004, obteve o título de mestre pela mesma universidade em 2007.
Movendo-se pelos territórios da escultura, pintura e arquitetura, a obra híbrida de Henrique Oliveira explora materais que fazem parte do cotidiano das cidades, re-significando seu caráter prosaico em construções insólitas. Uma gama de referências cruzam-se nestas criações. Desde livros de medicina e filmes de ficção científica até conteúdos de Psicanálise e História da Arte convergem em uma linguagem visual singular, capaz de combinar imagens biomórficas e materialidade urbana. Ali, a percepção de espaço, superfície e consistência é frequentemente desestabilizada, enfraquecendo categorias que usamos de modo automático para classificar lugares e objetos. Sobretudo nos seus ambientes imersivos o público é muitas vezes atraído pela fascinação das formas e de suas dimensões, o que paradoxalmente também pode levar a situações de desconforto onde os limites entre o sensual e o abjeto deixam de existir.
Suscitando questões políticas, existenciais e ambientais por meio da noção de morte e de decomposição, estes trabalhos não se posicionam assertivamente no mundo, portam-se antes como uma espécie de espelho bizarro deste. Aquilo sobre o que se quer falar, não é feito por meio de uma linguagem articulada, mas antes se coloca como uma força atávica, que refuta ser nomeada, mas que se anuncia presente, incontrolável, contínua e misteriosa.
Entre suas exposições individuais destacam-se “Transarquitetonica” no Museu de Arte Contemporânea – São Paulo (2014) e “Baitogogo” no Palais de Tokyo – Paris (2013). Também participou de várias mostras coletivas como “Object in Flux” no Boston Museum of Fine Arts, EUA (2015), “Brasiliana – Installation from 1960 to the present” no Schirn Kunsthalle – Frankfurt, Alemanha (2013) e 29a Bienal de São Paulo – São Paulo (2010).
Ao longo de sua carreira recebeu prêmios como o IX Enku Grand Award, no Museu de Fine Arts de Gifu (2018), Japão, Prêmio Pierre Cardin para escultura Academie des Beaux Arts – Paris (2017) e Prêmio CNI Sesi Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas (2009).
Suas obras integram coleções como o Virginia Museum of Fine Arts – Richmond, EUA; Queensland Gallery of Modern Art, Brisbane, Australia; Centro Luigi Pecci per l’Arte Contemporanea, Prato, Itália e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, etre outros. Alguns de seus projetos públicos podem ser vistos em locais como o parque Jardins Suspendus, Le Havre, França; Domaine de Chaumont-sur-Loire, França e Arte Sella, Itália.