Forgotten Mantras
Ana Maria Tavares
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Ana Maria Tavares começou a inserir palavras em seu trabalho em 1997, mas foi com a série Cityscape, feita especialmente para a Bienal 50 anos de São Paulo, em 2001, que os mantras ganharam força em sua obra. Na época, Ana usou oito palavras e expressões impressas em placas de aço inox polido que, juntas, formavam um imenso painel que refletia o Parque do Ibirapuera.
Para a exposição Forgotten Mantras, sua segunda individual na galeria, Ana recorre a todas as expressões e termos que foram usados desde 1997, numa alusão ao tempo que nos faz esquecer o passado, sendo preciso retornar aos mantras para que eles permaneçam em nós.
Segundo a artista “Os mantras são como sínteses da atualidade, funcionam como senhas para navegar no mundo contemporâneo” e é exatamente por essa razão, que agora eles se tornaram ainda mais complexos, em várias línguas, marcando a homogeneização e a repetição de uma cultura para a outra, todas contaminadas pela cópia.
Além dos quatro trabalhos da série Forgotten Mantras, faz parte ainda uma instalação com pequenos trabalhos que trazem mantras – como desire, delight, stillnox, lexotan, sexo – que podem ser montados de diversas formas. Todas essas obras são feitas em aço inox polido.
Para quebrar a rigidez da malha quadriculada e da retícula modernista presente nas obras em inox, Ana incluiu na exposição a obra Desire, que é uma impressão em papel com mantras sobrepostos em diversas direções, numa alusão ao caos.
Informações práticas
Inauguração
29 de março de 2016
Período da exposição
29 de março de 2016 a
30 de abril de 2016,
Segunda à sexta: 10-19h
Sábados: Apenas por agendamento prévio
Fechado aos domingos.