Frieze New York 2017
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Um dos maiores nomes da escultura, ícone do movimento neoconcreto brasileiro ao lado de nomes como Lygia Clark e Helio Oiticica, Amilcar de Castro (1920-2002) foi o artista escolhido pela galeria para o projeto na Frieze NY 2017. O recorte deste projeto seria a produção do artista nas décadas de 60 e 70, tendo como início o período em que Amilcar, após ganhar a Bolsa prêmio John Simon Guggenheim Foundation, se muda para os Estados Unidos. Acostumado a trabalhar com aço cor-ten e com dificuldades para encontrar esse material na América, foi nesta fase (1968-1970) que o artista começou a explorar novos materiais, como o cobre, a madeira e o ferro. Essa experiência foi fundamental para o escultor, que ao retornar ao Brasil foi capaz de aplicar um domínio mais sereno ao aço, sem soldas, fazendo uso apenas do corte e da dobra do material.
Além da escultura, as pinturas e desenhos de Amilcar também sofreram uma grande mudança durante a década de 70. Produzindo apenas em preto e branco, o artista insere pela primeira vez a cor em seus trabalhos. Todas essas transformações marcaram profundamente a obra de Amilcar de Castro e seguiram presente em sua pesquisa até o fim da vida. Para a Frieze NY 2017 a galeria pretende levar quatro esculturas históricas feitas pelo artista durante sua estadia nos Estados Unidos, duas telas coloridas e uma preta e branca da década de 70, uma série de 35 desenhos de projetos e croquis de esculturas e uma coleção de esculturas em pequeno formato que podem sintetizar bem o trabalho escultórico que consagrou esse grande artista.