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Escultor Amilcar de Castro recebe homenagens no Rio e Nova York

Na terra de Pollock, Amilcar de Castro será exibido em uma poderosa vitrine do mercado de arte: a feira de negócios Frieze. A estratégia da galerista é chamar a atenção do mercado internacional para o escultor, um nome brasileiro de prestígio, mas ainda não cotado em valores estratosféricos, como acontece com seus contemporâneos Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape. À venda por preços que partem dos 50 000 reais, serão expostos em Nova York quatro esculturas criadas pelo artista quando morou na cidade, entre 1968 e 1971, 35 croquis, desenhos da década de 70 e pelo menos um tesouro: uma série de 140 esculturas em pequenas dimensões, conjunto hoje avaliado em, o.k., estratosférico 1 milhão de dólares.

 

Como Drummond, Amilcar de Castro deve muito a Minas Gerais. Tanto que, quando encerrou sua temporada americana, voltou ao estado de origem em busca de inspiração e matéria-prima para trabalhar. No entanto, foi no Rio, onde viveu de 1952 até a partida para Nova York, que ganhou notoriedade. Como diagramador, antes de conseguir viver apenas do ateliê, ele participou da histórica reforma gráfica do Jornal do Brasil. Ao lado de nomes como o poeta Ferreira Gullar, foi um integrante de primeira hora do neoconcretismo. Na redação e na convivência com seus pares, criou estilo único, que empresta leveza e movimento a materiais pesados. Forjada a ferro e poesia, sua relação com a cidade é lembrada na exposição da galeria Silvia Cintra e em plena rua: no final do Leblon, onde a Avenida Delfim Moreira se encontra com a Avenida Niemeyer, enfeita a orla Estrela, uma imponente escultura do artista, que morou ali por perto em sua temporada carioca.

https://vejario.abril.com.br/cultura-lazer/escultor-amilcar-de-castro-recebe-homenagens-no-rio-e-nova-york/